domingo, 14 de junho de 2009

MORADOR DE RUA



Nos bancos das praças
Em meio a poeira e
Tóxicos lixos
Os amigos fazem sala.
Na cozinha improvisada
Sobre o gramado
O "mestre – cuca"
Mexe o jantar.
A fogueira,
Que da luz a noite,
Serve de fogão
Que também é usado como coberta.
Alguns panos e papelões
Servem como colchão.
No mato ao lado, atrás da árvore,
Fica o banheiro.
Não há chuveiro
Mas a torneira próxima a "sala"
Serve para um "belo" banho. E também,
Para lavar a boca. Quando é da vontade.




O mundo todo se resume alí
Notícias da TV? Só nos bares de esquina
Ou pelas vitrines de lojas podem ser vistas
Quando se é bem recebido.
Nas praças....
Viadutos....
Becos....
Tem gente pra tudo:
Eletricistas,
Mecânicos,
Pedreiros,
Profissionais da eletrónica,
Vendedores,
Atendestes....
Estão todos alí
Em suas casas improvisadas e isoladas.
Cansados de procurar emprego, ou tentar qualquer outra coisa
Sonham com pouca esperança.
E sobrevivem em meio a sociedade
Que não mais acreditam.

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